DIA 14 - Níver Nando

                                            

Como ele mesmo disse "Eu vim de Brastemp"

E quem o conhece sabe bem que não teria como expressar melhor a fase Furacão que o Nando foi.
Mas eu não posso falar muito sobre isso, afinal eu vim depois dele. A única coisa que prova todas as histórias e artimanhas que o Nando aprontva com vidros, copos, fogo e afins estão nas fotos. Pra mim essa frase só diz uma coisa: comer, comer comer! A gente é parceiro!

Posso dizer que minhas histórias como irmã do Nando são muito marcantes.
Não do tipo emocional, de carinho, afago, mas marcantes do tipo cicatrizes, marcas de tapa, socos, cabelos arrancados e todo esse "love" que uma irmã mais nova, pentelha e provocadora como eu poderia ter procurado. Acontecia assim: lá tava o Nando, deitado na cama, eu entrava no quarto dele acendia a luz, perguntava alguma coisa e saia sem apagar a luz ou encostar a porta. Era só esperar: "Apaga a luz ou vou contar até 3"...hehehe. Eu apagava e acendia a luz umas 2x até que ele levantava do nada e saia correndo atrás de mim, e o resto, bom, as marcas vermelhas nos braços contavam o que tinha acontecido. A mesma coisa acontecia quando ele tava vendo tv e eu mudava de canal ou desligav a televisão... ou quando entrava no quarto sem pedir, ou mexia na gaveta dele, ou desligava o video-game. O esquema era sempre assim!
Ele sempre quis mandar em mim, e ajudava o papai e a mamãe a descobrir as coisas que ninguém precisava saber, ou dar ordens só pra minha mãe ver o que eu tava fazendo, do tipo, "Que? Vc não tomou banho ainda hoje Priscila?!" gritando bem alto pra mamãe me dar bronca e me mandar pro chuveiro.
Mas apesar de todas essas histórias, me lembro de muitos momentos em que falamos bobeiras, que rimos de coisas imbecís, que falamos palavrão escondido da mamãe e ríamos do simples fato daquilo ser bobo e divertido, inventávamos músicas. O Nando dava as mais engraçadas caronas, quando gritávamos no carro assustando todos os outros parados no farol. Tanta coisa boa e engraçada, que até o fato dele ter quebrado a falangeta do meu dedo anelar direito por pura provocação eu nem levo por maldade.Enfim, apesar de sempre bruto, é um super irmão, que nem ficou tão bravo de eu ter sido roubada e perder a camera dele q tava comigo... (Será?), e tb um parcerão na hora de agitar uma pizza no sábado a noite, de andar pela 25 procurando mp3, em todas as lojas...
O Nando sabe que é muito querido, e que com a gente não tem dengo, tipo eu até esquecí de escrever pra ele nesse último níver, e ele nunca me deu presente de aniversário mesmo, com a gente é assim: aquele Párabens básico.

Não sei se ele sabe, espero que sim, pq é intrínseco no "ser irmão" poder confiar, contar, acreditar, amar, brigar, discordar e reatar. Enfim, estou aqui, no apê, no msn, no e-mail, em carne e osso, sempre q ele precisar. Afinal é o meu único e exclusivo irmão.
E sei que posso contar com ele, falando nisso, esse mês te pago a última parcela daquele esquema lá, tá Nando?

Bjus, Parabéns, pede férias pro teu patrão pq vc merece e é LEI, e a gente se vê logo.
Amo vc, FofyJolyBill!
Pri

                  

                                                 O  Nandão!

Quando eu era do tamanho ou menor que o Matheus eu era o xodózinho do Nando; mal aguém chegava perto de mim ele aprontava um berreiro... (segundo o que diz a minha mamãe e a tia Cê ... até mesmo porque eu não me lembro disso). Com meus 10, 11 ou 12 anos comecei a viajar para São Paulo sozinha, sem a mamãe (eu amava), queria ficar perto dos meus primos e tios tão distantes e queridos. Eu melava todos eles, e eles por não gostarem de gente melosa me tratavam mal. Mas eu continuava amando-os (nossa que melada) iuhauihaiuha. Nessa época era quase impossível o Nando falar, ou brincar comigo por livre e espontânea vontade. Eu batia nele para chamar a atenção, mas eu sempre acabava me machucando muito, porque o braço dele sempre foi mais forte e ele sempre dizia que não tinha encostado a mão em mim, o que não deixava de ser verdade, mas o que eu queria é que ele brincasse comigo.

Eu passei por maus bocados com esses primos de Sampa, até de caipira eles me chamavam por eu puxar o"R" de Rio Preto...hahahahah, e eu com vergonha adotei o "R" dos paulistanos (que eu acho lindo por sinal, até hj). Um dia eles apanharam por isso, eu me lembro, ele e a Pri, e eu fiquei morrendo de vergonha pois ai eles ficariam com mais raiva de mim...

Quero aproveitar cada momento com ele, com a minha familia querida que Deus me presenteou.

Ah, os de longe, como gostaríamos que todos eles estivessem aqui, mas nem todos que queremos podemos ter, então temos o dever santo de aproveitar cada pessoa e amar cada um como Ele nos ama! Deus é muuuito Bom!

Bom, mas hoje graças a Deus e a presença dele em nossa cidade caipira essa relação mudou, ele conversa comigo, brinca, tira uma onda da minha cara... eu amo demais esse menino!!

Nessa sexta-feira, dia do níver do Nandão, a tia Zel e a mamãe cuidaram dos preparativos do churrasco para comemorar mais um ano de  vida do Nando, e a vovó Dinorah fez a sopa Dignoraya que o Nando tanto gosta. A arrumação, o preparo da comida... foi tudo feito com muito amor e carinho. O Nando é querido por todos nós, e tenho certeza que ele deixou muitas saudades em Sampa. Ah o jeitão dele, é o jeito da madeira; engraçado, palhaço, quietão, ama tirar a onde de algum primo ou tio se der brecha.

Todos nós rimos bastante nesse dia, tio Edgar nos deu uma palestra de Omeprazol, quem estava aproveitou, que não estava perto PERDEUUUUUU...FOI MUITO ENGRAÇADO. O bolo estava ótimo, a carne também, e a comida sempre reunindo todos os amados. Deus estava presente. Amém!

(lógico que segundo a palestra do tio Edgar todos deveríamos tomar omeprazol depois da comida) uhauihiua.

                                                              AMO VOCÊ!

                                                              Pérola Caren Silva Navarro                                                                         
                                                              FAMILIA SILVA.